Naquela calçada

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Era apenas mais um dia de trabalho, mais um dia que tirava fotografias no mesmo ponto da cidade, não que eu esteja reclamando, mas é que quando eu fazia isso por hobby era bem mais divertido.

Naquele dia ao chegar em casa após revelar as fotos e observa-las encontrei entre elas algo em comum, ou melhor dizendo, alguém em comum, havia uma moça que eu já havia visto antes em muitas das minhas outras fotografias, um rosto para mim já conhecido, na mesma calçada em que passava todos os dias.

E a três anos inconscientemente eu tirava fotos daquela calçada, é estranho como não percebi que o que me atraía até ela era a moça que por ali passava.

Talvez a todos esses anos uma parte de mim já estivesse apaixonada por ela, mas aí vem a duvida como ser notado???

Não posso simplesmente aborda-la do nada e dizer que a muito tempo eu a quero... tenho que chegar de vagar para não assusta-la, pois, quem não assustaria nessa mesma situação?

E como alguém que não quer nada, me esbarrei nela naquela mesma calçada, ela me olhou nos olhos e sorriu de forma encantadora e então pedi desculpas pelo ocorrido, aproveite o momento e pedi seu número para que eu pudesse me redimir levando-a para sair, ela exitou um pouco,  mas mesmo assim me deu seu número, pois há muito tempo havia me visto trabalhando por ali.

Não consegui tirar o sorriso do rosto a semana interna, ainda mais depois que me despedi do emprego e comecei a trabalhar para mim...

Nós marcamos de nos encontrar no parque em frente aquela calçada, e bem ali confessei todo meu amor, já não me assustava o que ela ia dizer pois via em seus olhos  como o meu amor era correspondido, afinal, para ela eu era o cara que a três anos tirava fotos na mesma calçada.

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